A cada dia que passa, as capacidades militares são mais dependentes de plataformas de armas sofisticadas e automatizadas. Esse inegável avanço tecnológico pode trazer consigo vantagens contundentes no campo de batalha, aumentando perigosamente o “gap” entre os países desenvolvedores de tecnologias e aqueles que são meros usuários. Entretanto, este fenômeno também implica enormes riscos estratégicos, tipicamente mal compreendidos por formuladores de doutrina militar e pelos operadores em campo, especialmente de países que apenas compram tais tecnologias e equipamentos.
Essas mudanças apresentam-se, cada vez mais, como desafios presentes a todas as forças armadas e, igualmente, à indústria de defesa. Para melhor compreender esses riscos, é necessário entender como a automatização de plataformas de combate e seus sistemas de armas aumentou de forma exponencial nos últimos 40 anos. [Continua]
Autores: ROBERTO GALLO, CEO KRYPTUS, Presidente ABIMDE e THIAGO CARNEIRO, Chefe da DIPROD/MRE