Por: Débora Menezes
Mais de 10% de todas as tentativas de phishing no período estavam relacionadas ao novo coronavírus
Uma nova pesquisa da Positive Technologies divulgada nesta quinta-feira, 16, revela que 13% dos ataques de phishing realizados no primeiro trimestre deste ano estavam relacionados à covid-19. Além disso, o número de ataques aumentou 22,5% em relação ao observado no quarto trimestre de 2019.
O levantamento constatou também que havia 23 grupos de ameaças persistentes avançadas (APTs) “muito ativos”, cujos ataques no primeiro trimestre visavam principalmente agências governamentais, instituições industriais, financeiras e médicas.
Além disso, mais de um terço (34%) de todos os ataques de malware contra organizações usavam ransomware, principalmente quando os operadores de ransomware exigiam resgate em troca de não divulgar dados roubados. A pesquisa descobriu que um em cada dez ataques de ransomware visava organizações industriais.
No início do ano, muitos especialistas em segurança cibernética encontraram altos níveis de atividade relacionados a um novo ransomware chamado Snake, capaz de interromper os processos relacionados à operação do ICS e excluir backups ou instantâneos de arquivos em uso.
Segundo analistas de segurança, o relatório não é surpreendente, pois, de fato, houve um enorme aumento nas campanhas de phishing, sites falsos e perfis sociais que deliberadamente usaram a covid-19 e autoridades da área da saúde como iscas para explorar pessoas desavisadas. Para eles, muitos desses e-mails de phishing podem ser extremamente convincentes e provavelmente não terminarão tão rapidamente.