Empresa foi a vencedora do primeiro processo licitatório de aquisição do Ministério da Defesa a utilizar o Termo de Licitação Especial. A nova rede fornecerá serviços de voz e dados para apoiar a tomada de decisão da Estrutura Militar de Defesa
A Kryptus, multinacional brasileira especializada em criptografia e segurança cibernética, sagrou-se vencedora do processo licitatório do projeto da nova Rede Operacional de Defesa (ROD) do Brasil.
Além do fornecimento das tecnologias de segurança criptográfica, a empresa, que recentemente obteve renovação da certificação de Empresa Estratégica de Defesa (EED) – concedida pelo Ministério da Defesa (MD) – também será responsável pela readequação dos ativos de TIC e expansão física e lógica da ROD, bem como pelo monitoramento e suporte técnico operacional da rede.
Espinha dorsal do Sistema Militar de Comando e Controle (SISMC2), a ROD tem como propósito prover serviços de voz, dados e apoio à decisão de forma integrada, oportuna, simples, segura, flexível, confiável e contínua aos diversos níveis decisórios da Estrutura Militar de Defesa.
A nova ROD é uma reestruturação e modernização da infraestrutura atual, mantida sob a Chefia de Operações Conjuntas (CHOC) do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA/MD).
“Com a mudança dos paradigmas de mobilização e combate para a ‘Guerra Centrada em Redes’² e no médio prazo para a ‘Guerra em Mosaico’¹ é importante que os elementos de Comando e Controle sejam cada vez mais soberanos e interoperáveis”, aponta Roberto Gallo, fundador e diretor geral da Kryptus. “Estamos muito honrados com o projeto”, conclui.
O processo de aquisição foi o primeiro realizado pelo Ministério da Defesa a utilizar o instrumento de TLE – Termo de Licitação Especial – previsto na Lei 12.598/2012. Amparado por decisão do Conselho de Defesa Nacional, o TLE estabelece que o fornecimento de soluções para a proteção de informações classificadas em qualquer grau de sigilo deve ser feito exclusivamente por Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e com desenvolvimento no país. Tecnologias estrangeiras são proibidas no processo. A maior parte do fornecimento deverá ser realizada ainda no ano de 2021.
Notas:
¹Guerra de mosaico: uma estratégia de combate baseada na integração de inúmeros sistemas de tecnologia menores que se encaixam (como blocos de um Lego) formando uma estrutura capaz de atingir o sistema adversário e obter sucesso no ataque.
²A GCR, ou Guerra Centrada em Redes, é uma doutrina de estruturação do Comando e Controle que prevê a garantia da superioridade no campo das informações, a fim de aprimorar o poder de combate, a prontidão e aumentar a velocidade de Comando, pela redução do atraso no trâmite de informações e ordens.
A Kryptus Segurança da Informação S.A. é a líder brasileira em criptografia e cibernética para aplicações de defesa, segurança e inteligência. Colabora em diversos programas estratégicos das Forças Armadas e outros órgãos de Estado. Dentre os principais em que atua, destacam-se o SISFRON, LinkBR2, RDS-Defesa e Rondon, IFF modo 4 Nacional, Nova ROD e AC-Defesa. Fundada em 2003 a empresa possui sede em Campinas/SP, escritórios em São Paulo Capital, Brasília e subsidiária em Yverdon-les-Bains, Suíça. Além dos sócios históricos, possui como acionistas minoritários Embraer, BNDES, FINEP, DesenvolveSP (por meio do Fundo Aeroespacial) e Kudelski.