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A segurança da informação é sempre um tema relevante em um mundo cada vez mais conectado. Grandes bancos, fintechs, indústrias, redes de varejo e empresas de tecnologia buscam entregar aos usuários finais o melhor em inovação, dessa forma, a jornada da transformação digital nas organizações abre novas brechas para ataques hackers, vazamento de dados e roubo de informações sensíveis. Para lidar com esses riscos, é fundamental ter um plano de tratamento de incidentes bem estruturado.
O que é tratamento de incidentes?
O tratamento de incidentes refere-se a um conjunto de atividades e processos destinados a lidar com eventos indesejados ou perturbações em um sistema de TI (Tecnologia da Informação) ou em uma organização, e que possa causar uma interrupção, diminuição da qualidade ou falha nos serviços de TI. O objetivo do tratamento de incidentes é restaurar a operação normal do sistema ou serviço o mais rápido possível, minimizando o impacto negativo nos negócios e na produtividade.
Como tratar esses incidentes? Tudo começa com prevenção:
- Prevenção: Envolve a implementação de medidas de segurança para evitar que incidentes ocorram. Isso inclui a adoção de boas práticas e políticas de segurança, como a utilização de senhas fortes, atualização regular de sistemas e softwares, implementação de firewalls, antivírus e outras soluções de segurança, além de treinamento e conscientização dos funcionários sobre as melhores práticas de segurança.
- Identificação: A identificação é a etapa em que o incidente é detectado. É importante ter sistemas de monitoramento e detecção de incidentes em vigor para identificar atividades suspeitas, como acessos não autorizados, tráfego incomum na rede ou tentativas de intrusão. A identificação rápida e precisa de um incidente através de análises e alertas devidamente trabalhados, é fundamental para iniciar o processo de tratamento.
- Contenção, erradicação e registro: Após a identificação do incidente, é necessário tomar medidas para conter e limitar o impacto do incidente. Isso pode envolver a interrupção de serviços comprometidos, isolamento de sistemas afetados e bloqueio de acessos não autorizados. Em seguida, é necessário erradicar a causa raiz do incidente, removendo qualquer malware, vulnerabilidade ou ponto de exploração. É importante também registrar detalhadamente todas as ações tomadas durante o processo de tratamento do incidente para análise e investigação posterior. Nesta etapa, é considerada medidas forenses para atuação tal como criar imagens válidas do cenário explorado.
- Pós-incidente: Após a contenção e erradicação do incidente, é necessário realizar uma análise pós-incidente para identificar as lições aprendidas e implementar melhorias nos controles de segurança, a partir das análises levantadas e falhas encontradas. Isso envolve revisar as medidas de prevenção existentes, identificar possíveis lacunas e propor aprimoramentos para evitar futuros incidentes semelhantes. Além disso, é importante avaliar o impacto do incidente, comunicar às partes interessadas, revisar as políticas e procedimentos de segurança e atualizar os planos de resposta a incidentes, se necessário.
A sua empresa não precisa lidar com todos esses processos de forma independente, você pode contratar soluções e serviços especializados para cada necessidade de atuação.
Criptografia
Um dos aspectos importantes no tratamento de incidentes é a criptografia. Essa solução é utilizada para proteger informações confidenciais e garantir a privacidade dos dados. A criptografia é usada em diversos cenários, incluindo comunicações online, armazenamento de dados em dispositivos móveis e transações financeiras.
Para garantir que as informações confidenciais estejam sempre protegidas, é importante que as empresas tenham uma política de criptografia, que nada mais é que um conjunto de diretrizes que estabeleça o uso apropriado da criptografia em uma organização. Toda a solução criptográfica deve obedecer aos princípios de criptografia baseados em integridade, confidencialidade, não repúdio, integridade dos dados, gerenciamento de chaves e autenticação.
Algumas das práticas que podem ser incluídas em uma política de criptografia são:
- Uso de senhas fortes: estabelecer diretrizes para criar senhas seguras, incluindo o uso de caracteres especiais e números.
- Criptografia de dados confidenciais: estabelecer as informações que precisam ser criptografadas e o método adequado para isso.
- Uso de criptografías validadas: Definir e utilizar criptografías validadas e que tenha passado por testes de validação de múltiplas partes, Falseabilidade, e garantir a confidencialidade através de assimetria criptográfica (dado o cenário mundialmente aplicado).
- Uso de protocolos de criptografia: definir os protocolos de criptografia que devem ser utilizados para proteger a comunicação na rede, como TLS (Transport Layer Security) e IPSec (Internet Protocol Security).
- Gerenciamento de chaves: estabelecer diretrizes para gerenciar as chaves de criptografia, incluindo a geração, armazenamento e troca segura das chaves.
- Política de backup: estabelecer diretrizes para o backup de chaves e informações criptografadas para garantir a recuperação de dados em caso de perda ou dano.
HSM (Hardware Security Module)
O uso de um HSM (Hardware Security Module) pode ser uma das medidas dentro de uma política de criptografia. O HSM é um dispositivo de hardware projetado especificamente para gerenciar e proteger chaves criptográficas e outras operações, como a assinatura digital.
O HSM inclui recursos de segurança física, como a resistência a ataques de invasão e manipulação, bem como recursos de segurança lógica, como a autenticação de usuários e a auditoria de atividades. Além disso, o uso de um HSM pode ajudar a garantir a integridade e autenticidade dos dados criptografados, uma vez que o HSM é capaz de garantir que as operações criptográficas sejam executadas de forma segura e confiável.
Cloud
A migração de dados para nuvem é outro fator que expõe dados sensíveis e que, quando não tratado adequadamente, pode acarretar danos irreparáveis. Para esse modelo de negócio, a empresa obtém muitos benefícios, incluindo escalabilidade, flexibilidade, progressão de arquitetura e custos reduzidos. O que não se deve esquecer é de considerar o tratamento e mitigação de incidentes nesse tipo de operação.
É importante que as empresas escolham um provedor de cloud confiável, que ofereça medidas de segurança adequadas, como criptografia, proteção de segredos e confidencialidades e autenticação de usuários.
Olhando para o lado operacional, considere que o fornecedor seja capaz de providenciar seus serviços em múltiplas localizações geográficas.
O HSM Cloud é uma excelente opção para organizações que buscam proteção para dados em nuvem, pois a solução traz a mesma segurança e robustez de um HSM on premise.
Cibersegurança
Os serviços de cibersegurança desempenham um papel fundamental no tratamento de incidentes cibernéticos. Esses serviços geralmente incluem a implantação de soluções de segurança, como firewalls, antivírus, IDS/IPS (sistemas de detecção e prevenção de intrusões).
O Pentest (Abreviação para penetration testing ou teste de penetração) é uma das práticas importantes no tratamento de incidentes. Ele é utilizado para testar e validar a segurança de uma rede ou sistema, simulando um ataque hacker. É uma forma de avaliar a eficácia das medidas de segurança e identificar possíveis vulnerabilidades. Com base nos resultados do pentest, a empresa pode tomar medidas para corrigir as falhas e melhorar a segurança da rede ou sistema.
Seus modelos podem simular cenários considerados como “boxes”, onde em white, existe um amplo conhecimento da infraestrutura e do cenário a qual se está realizando o teste, grey um conhecimento limitado e black, a simulação de um atacante o mais real possível, com um cenário não conhecido.
Security Operation Center e MSSP
Por fim, o SOC (Centro de Operações de Segurança) é um aspecto fundamental do tratamento de incidentes. O SOC é responsável por monitorar e detectar possíveis ameaças, alertar a equipe de segurança e tomar medidas para conter e resolver os incidentes. Para garantir que o SOC funcione adequadamente, é importante que a equipe seja treinada e que haja um processo claro e bem definido a seguir. Um SOC também é capaz de desenvolver operações estratégicas mais complexas, tais como inteligência de ameaças e análise de riscos baseados no monitoramento do ambiente, sua infraestrutura e contexto.
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